Será que renascer é possível? Noutro dia vim um "reclame" sobre um azeite e dizia qualquer coisa como "porque não renascer?". Quero tanto renascer, voltar a viver, voltar a cruzar-me com pessoas que sei que gostavam de mim. Gostavam tanto de mim. O "reclame" – esta palavra faz parte de algo que também gosta muito de mim, mas isso agora não vale a pena explicar – parecia crer ser muito simples. Adormecer e acordar de novo em tempos que nunca nos iremos esquecer.
Passou muito tempo. É certo que isso não significa que tenham as coisas mudado muito. Mas neste caso, mesmo que não tivesse passado muito tempo físico (desde a ultima vez que escrevi), passou muito tempo de outras formas.
Fiz escolhas que não me arrependo. Mas que não sei se foram as mais fáceis. Quem diz que ser feliz é fácil? E antes de tudo isso, o que é a felicidade?
Eu não sei se sou feliz. Não sei se há partes de mim que são felizes. Ou que simplesmente não dou valor à felicidade que tenho mas que tenho duvidas se é felicidade. Nos filmes as coisas são sempre muito mais fáceis! Há o "viveram felizes para sempre"...
Sem dúvida que ter ao meu lado pessoas tão importantes, como a minha avó, me dava força. E sem dúvida que ter ao meu lado pessoas bem, de boa saúde, como o meu pai, me dava força.
Sem dúvida que ter ao meu lado uma pessoa determinada também ajudava.
Mas lá porque estes tempos têm sido complicados, isso não me há de dissolver, não me há de destruir. Irá depois tornar-me mais robusta, mais forte. Felizmente não fisicamente, espero aguentar sem engordar!
Mas hoje só posso dizer o que escrevi há uns dias…
“Não me lembro de te ter visto, nem me lembro qual foi a ultima vez que te encontrei. Nem tu próprio te encontraste – pelo que posso perceber.
Foste tu que escolheste assim – ser pó – foste tu que escolheste, foi a solução que encontraste – seres feito daquilo que tu criaste.
E lembraste-me que em pó todos nós nos tornaremos. Uns mais cedo, outros mais tarde. E lá nos encontraremos.
E nós – e eu – temos de respeitar.
Até um dia destes.”
